A gestão financeira da empresa é uma atividade essencial para todos os negócios. São suas análises que demonstram se a empresa está no caminho projetado ou o que se está se perdendo durante a rotina.
Veja sete dicas que selecionamos para você acompanhar a gestão financeira da sua empresa:
1) No final de cada ano, faça uma previsão de orçamento para o ano seguinte e, durante o andamento deste, acompanhe os resultados e recalcule a previsão para o final do ano caso haja alguma mudança significativa na estratégia ou estrutura da empresa ou caso os resultados estejam muito diferentes dos previstos. Não confie na memória e registre suas impressões e aprendizados.
2) Acompanhe os resultados financeiros mensalmente. Construa relatórios e ferramentas que permitam a comparação com resultados passados e previstos, sempre destacando as causas dos deslocamentos e variações. Se possível, faça a “conciliação financeira” destas variações, ou seja, calcule os valores decorrentes de cada uma das causas das variações. Aproveite e veja o post “Sua empresa tem bons relatórios gerenciais?”. Se você usa do ERPNOW estes relatórios estão há um clique de distância da sua próxima reunião de planejamento.
3) Antes de cada decisão - como o lançamento de um produto ou a oferta de um novo, a compra de equipamentos, a abertura de uma filial ou até mesmo a entrada de um novo investidor - analise os impactos dela, projetando os resultados da empresa após cada uma destas mudanças e comparando-os com a projeção dos resultados caso não haja a mudança. Como em um jogo de xadrez, calcule quantos “cenários” forem necessários para prever seu próximo movimento.
4) Utilize boas ferramentas para o acompanhamento diário e para o registro de contas a pagar e a receber, movimentações financeiras, lançamentos contábeis, entradas e saídas de estoque, etc. Isso vai muito além de deixar um post-it na sua tela com um lembrete, e proporcionará o controle maior da empresa a fim de se evitar “surpresas” no fechamento do mês. Boas ferramentas permitem, inclusive, a geração de informações confiáveis para as análises financeiras, acompanhamento e projeção dos resultados. Um bom sistema de ERP é fundamental para esse objetivo.
5) Tenha um controle do pagamento de seus clientes, permitindo ações para reduzir e para projetar a inadimplência, melhorando seu fluxo de caixa e permitindo prever “furos” no recebimento.
6) Muitas vezes renegado a segundo plano, o Capital de Giro tem um papel fundamental na gestão financeira de uma empresa. Ele pode ser o responsável pela falência de um negócio bem-estruturado ou de uma ideia inovadora, simplesmente porque não foi calculado ou porque sua necessidade foi subestimada. Para calculá-lo, projete o tempo médio em que você demora para de fato receber de seu cliente (por exemplo, no caso de pagamento por cartão de crédito), o prazo para pagamento aos seus fornecedores e o tempo em que seu produto fica em estoque.
Vamos utilizar como exemplo uma revendedora de computadores: ela paga R$ 2.000 para cada equipamento, que revende por R$ 3.000 após 40 dias. Se a maioria de seus clientes paga utilizando cartão de crédito e você recebe o valor após 30 dias, você terá uma necessidade de caixa para cobrir esta venda de R$ 2.000 por 70 dias (40 dias do equipamento no estoque somados aos 30 dias que você espera para receber o valor da venda). Como, por outro lado, você pode negociar um prazo para pagamento ao seu fornecedor, você deve descontar este prazo desta necessidade. Supondo que você negociou um prazo de 45 dias, a sua necessidade final será dos mesmos R$ 2.000 mas por 25 dias (os 70 dias da necessidade de caixa menos os 45 dias de prazo para pagamento ao fornecedor). Claro, esta conta deve ser feita consolidando os diferentes produtos e os diferentes momentos em que são feitas as compras e vendas, chegando assim à necessidade do capital de giro.
7) Tenha um bom contador: ele não deve ser tratado como um mero executor das formalidades e burocracias necessárias. Este profissional pode ser um grande aliado na construção do planejamento fiscal-tributário da empresa e na forma de organizar as informações. Além disso, um contador que entenda ou se mostre disposto a compreender o setor de atuação da empresa pode ajudar na hora de busca de soluções ou no levantamento de alternativas e estratégias.
Estas foram algumas dicas para você não ser pego de surpresa e ter as finanças da sua empresa em suas mãos. Tem dúvidas, escreva para nós.
Até a próxima!
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